Hoje eu me encolhi entre lençóis depois de pensar muito abraçada à uma solitária taça de vinho. Era muito tarde, como sempre, e todos dormiam nessa casa que não é mais nossa. A chuva fez correr um Rio Letes entre as minhas pernas, apagando com doçura e uma sabedoria mais antiga que o tempo os resquícios de suas mãos no meu corpo.
Persistente, a matéria é chuva e telhado e trama que me aquece. É o livro que me susurra e solta odores dos antigos mitos, é o DVD de quase agora. São os meus dedos nesse teclado.
É essa á a grande inveja dos deuses, nós somos.
Encontre seu próprio fio, homem, tenho muitos labirintos ainda a construir.
E porque hoje eu paguei ao barqueiro com minhas últimas três moedas te confesso que foi com todo o peso da minha carne que eu te amei.
Adeus, Aquela.
3 comentários:
Minha querida, como vc é esplêndida. Parece que sou eu... deve ser bjos adooro tuh
Confesso desde já ser tua fã e quero, quero mesmo, ter esse texto na próxima edição da revista perspectivas. Deixe, por favor?
diga que sim, não seja má.
bacio
Lú, fico honrada com o convite. Claro que sim, flor. Já qeu não sou má. rsrsr
Angela, xerinhos, minha linda!
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