Desejei traçar-lhe um mapa para que chegastes aonde em mim é verde e paz e cheiro de grama.
Onde se esconde entre primaveras e papoulas um coração em que grilos cantam e borboletas e beija-flores zunem: você... você... você...
Onde mora aquela que dança descalça e despida de mentiras e roupas. Sem motivo algum ou apenas para comemorar a matéria de que é feita: sangue, ossos e excessos.
Onde banho-me do porvir, ainda marcada com a escrita do lençol na minha pele, em que leio sobre o sonho bom da noite passada.
Onde pinto as unhas, cato bondade, arranco mentiras e máscaras tal qual ervas daninhas.
Onde eu seria. Teu jardim. Amor. Teu.
Mas não encontrei sequer uma folha em branco.
Um comentário:
Pode ter trilha sonora? "como fiz estradas de me perder"
Postar um comentário