Juninas


Amiga, eu volto da festa é com aquele monte de camisinhas intocadas na necessaire e com o pensamento nele, nele, nele.
E quando eu quase consigo dormir, depois de horas no tal ônibus, de repente ele estava lá, assim como se estivesse mesmo, sabe?
Doeu tanto que era quase físico. Rezei escondido: santantônio, quero minha cama grande ocupada de novo, sãojoão, quero meu vestido colorido arrancado, sãopedro, mandai tempos melhores. Fiz sinal da cruz e disse amém. Mas só por causa dele que me tirou toda a fé.
Esqueci de comentar contigo que nas quadrilhas estilizadas que assistimos juntas cantaram o branco da noiva matuta mentindo como enlace de amor. Ninguém mencionou que na versão tradicional havia uma arma apontada para alguém. Há quem estão querendo enganar, amiga?
É, to amarga. Mas há o Rio e há Setembro, há sim, eu sei. E sonho.

2 comentários:

Menina no Sotão disse...

Eu nem vou falar em sonhos porque sinceramente os meus sonhos andam inquietos. rs
Mas adorei o seu post.

bacio

Luciana Nepomuceno disse...

todo rio corre pro mar. mas uns demoram mais a chegar.