Não sou


Eu quero aquela casa alí, de muro-baixo por sem medo e casal sorridente dentro. Eu quero ser aquela mulher, aquela alí, que preparou o café-da-manhã com cusuz vitamilho e margarina delícia e beijou os filhos e alimentou o cachorro e as promessas num ouvido de homem para logo mais à noite.
Eu quero um regador azul e um jambeiro com uma corda amarrada que sirva de balanço e não de forca.
Eu quero o simples. Mas eu não sou.

2 comentários:

Menina no Sotão disse...

Viajei aqui nas suas linhas, de novo... Fiquei imaginando o que eu não sou e o sorriso percorreu os lábios e foi de encontro a alma. Hoje estou mergulhada no infitino do outono e tudo me alcança mais fácilmente.

Vou levar comigo.
bacio

Luciana Nepomuceno disse...

Não somos, até mesmo a que habita a casa, o muro, os sonhos, não é. Porque estamos, apenas.